Monday, December 15, 2014

É um longo trajeto da inocência até a decência

É um longo trajeto da inocência até a decência. Passa pelo egoísmo, pela avareza e pela arrogância. Alguns ficam no caminho, confortáveis. Outros se perdem, perdem a meta de vista. Nestes há pelo menos uma espécie de inquietude. Ei, não precisa ser “super”; não tem que ser perfeito (a); é permitido errar. A meta é mais simples: tornar-se um ser humano decente.


It is a long way from innocence to decency. It goes through selfishness, avarice and arrogance. Some park in the way, comfortably. Others get lost; lose the sight of the goal. In these, there is at least a sort of disquietude. Hey, you do not have to be “super”; you do not have to be perfect; mistakes are allowed. The goal is simpler: to become a decent human being.

Monday, December 01, 2014

A VIDA NÃO É VITALÍCIA ou AO MEU AMIGO PADRE


Fiz um amigo padre. Conheci tantos padres em minha juventude, quando era católico praticante, e contei intimidades no confessionário que não contei a mais ninguém nunca. Nem ao psicólogo. Mas nunca tivera um amigo padre.

Hoje já não creio. Mas não posso deixar de admirar a força de um espírito que abre mão dos prazeres deste mundo por acreditar em outro (alguns prazeres: talvez tenha sido sábia a decisão de renunciar às mulheres e ficar com o vinho; trata-se de escolha mais longeva).

Eu, de minha parte, busco ser um ser humano decente, ajudar quem eu posso ajudar, e cultivo um nebuloso amor pela humanidade, genérico e absolutamente inútil.

Sei que temos que chorar e enterrar nossos mortos, e celebrar nascimentos e casamentos com alegria de alma. Casamentos (de todos os tipos) são parte importante da vida; e, como ela, temporários. Não poderia ser de outra maneira, pois nem a vida é vitalícia.


Não sinto necessidade de religião para isso. Talvez apenas em dias em que não sei por que. Mas, para estes dias é que servem os amigos.