Soneto travado
Que portões me impedem de entrar
No seio de quem tanto desejo
Que concreto e invisível pesar
Apara minha mão e meu beijo?
Saiam pudores religiosos!
Afastem-se fantasmas do além!
Acuda-me a luxúria dos idosos
E a doçura dos pastéis de Belém
Depois da solidão de tantos quartos
Depois de tantas emoções postiças
Quero esta mulher de peitos fartos
Sorriso maroto e coxas roliças
Que nos falem cobras e lagartos
Meu corpo quer minha mente cobiça.
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